Supermercados ~ O que é isto? É bom ou mau?


Antes de qualquer coisa, gostaria de informar que neste tema estão incluídos qualquer tipo de “mercado”: super, hiper, mini, micro e tantos outros quanto houverem.

 Mas que raio de invenção foi essa de juntar num só estabelecimento o maior numero de artigos completamente distintos?  É tomar como normal e natural a mistura de um balde do lixe e de uma perna de peru ou até mesmo de um par de peúgas e um quilo de torresmo.


Julgo que se os “mercados” fossem um prato alimentar seriam uma salada russa, pois além da tremenda confusão ali vai, a maior parte dos funcionários são provenientes do leste da Europa. 


E as pessoas quem frequentam os hiper-mercados?! Quem são?
Gente do povo, pois não estou a ver os ministros a pesar as laranjas no Continente (fora de época de campanha eleitoral) e muito menos os senhores empresários de renome a provar as amostras grátis de queijo Limiano no Jumbo. Isto, claro, sem falar dos conceituados doutores a tirar senhas para o pão no Carrefour.

Por isso, é natural que as coisas sejam feitas à medida de quem as utiliza.
Não sei se já repararam nas caixas de ferro (ou algo parecido com isso) que contém variadíssimos produtos e que parecem perdidos no meio da loja. Estão a ver quais são? Sim, aquelas "jaulas de artigos" que contém cartazes com a sigla "Promoção". Sempre me interroguei como é que esses produtos podem estar com o mesmo preço durante anos arrumados e devidamente etiquetados nas respectivas secções arrumados e devidamente etiquetados que ninguém leva, mas no momento em que passa a estar completamente desarrumado e com um cartaz promocional... Bem, aí então é comprado e até há quem lute para o ter.


O poder da “promoção” é tão grande que já vi metaleiros a adquirirem a compilação de músicas de Natal do grupo coral da Póvoa de Lanhoso. 


No fundo, um supermercado é um lugar completamente embaraçoso, senão vejamos:

Uma senhora com os seus 70 anos a cair para os 71 - literalmente - que depois de passar 2 horas à procura de um soutien e umas cuecas junto da secção de congelados do Continente, chega finalmente à caixa com os produtos. O jovem que se encontra na caixa tem seus 22 anos e ao pegar nos produtos não deixa de transparecer na face o embaraço, pois deve estar a imaginar o sitio onde vão ser usados aqueles lençóis em forma de semi-esferas e a tanga à leopardo.
Como se isto já não bastasse, o jovem ainda tem de ouvir do marido da senhora (sim, também ainda está vivo!) frases como estas: "Tás a meter a mão onde só eu ponho!”, “São grandes não são?” e “Sabes o que fica no meio do soutien quando a minha mulher o usa? O umbigo!”. 

Ninguém merece. 

Eu, quando vou a qualquer supermercado fico com a impressão de que os operadores de caixa nunca estão satisfeitos com nada.
Depois de todas as compras reunidas no carrinho, chego a caixa com mercadoria avaliada em cerca de 100 euros e quando o operador efectua o registo do último artigo diz sempre o seguinte: “É só?”. Respondo, como toda a gente: "Sim, é."
 O problema é que a paciência tem limites.
Na semana seguinte lá fui eu novamente ao supermercado... Chego à caixa com produtos avaliados em cerca 300 euros e eis que chega o momento aguardado do registo do último produto e o empregado vem com a mesma historia: "É só?".
Aqui, respondi delicadamente: "Minha besta, eu tenho três filhos, casa e carro para pagar, a minha empresa só dá prejuízo e o governo come-me todos os meses à bruta, acabei de pagar uma operação aos rins à minha mãe que ficou mais para lá do que para cá, compro aqui produtos no valor de trezentos euros e você ainda tem a lata de me perguntar se "É só"!?

Ou então, não disse nada disto.. Mas que às vezes apetece, lá isso apetece.

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