A ideia é simples e não sei se alguma vez vos poderá ter passado pela cabeça...
E se o S. Pedro, porteiro da vida eterna e do paraíso no céu, não passasse de um porteiro de uma discoteca de segunda com cabelo rapado, fato Armani, músculos a condizer com a cara e auricular na orelha para falar com o Criador?
O nome da discoteca poderia ter um título original como "3 Avé Marias Paraíso Disco Party" e os anjos não passavam de uns apanha-copos que rondavam a discoteca à procura de almas vazias.
Por outro lado, o Criador sentar-se-ia no escritório com vidros panorâmicos sob o estabelecimento e o som angelical que se faz ouvir em todo o paraíso ia aumentando de volume sempre que a porta se abrisse.
As ninfas, não passavam de barmaids que para manter viva a "chama" (chama é um mau termo tendo em conta que estamos a falar do Paraíso, mas vocês entendem o propósito) da noite saltavam para cima de rochas com as suas mini-saias-cintos e ficavam a fazer movimentos de oscilação vertical numa árvore.
Bem, para este estabelecimento de diversão nocturna ficar completo, só faltaria o DJ Papa, esse grande tolo com raízes no Hard Missa e com tendências para o canto gregoriano.
Mas agora algumas questões:
O que é preciso ao certo para passar pelo S. Pedro? Roupa ou bom aspecto?
Então e essa gente que morre e leva a roupa suja? E quem não tomou banho porque não sabia que ia falecer? Essas pessoas não entram?! Injusto, não?
Já agora, um homem só entra na companhia de uma mulher? Se sim, o caso fica complicado para o lado dos monges que fizeram voto de celibato.
Resta saber se quando morremos alguém nos pondera atribuir uma espécie de free pass - que neste caso seriam umas asas - e só aqueles que tivesse sido mesmo bonzinhos e não tivessem cometido pecados receberiam as asas e entrariam na Disco? Fica para vossa análise.
Para terminar, uma última questão: O que fazer quando o porteiro não nos deixa entrar e atendendo que este é o único local de diversão no outro mundo?
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