Universidade: coisa de inteligentes?




Dizem por aí que há diversas queixas da falta de condições de habitabilidade no território português e que alguns já deixaram o país... Muitos, passam os seus dias a descarregar as angústias em cima de seres angélicos e destilados como os políticos. Mas, será esse o grande problema nacional?

A resposta poderia ser clara e evidente, mas não é.

Além deste problema temos a grave questão da formação de jovens, o futuro da classe operária. 
Sim, porque se queremos melhorar a economia portuguesa algo tem de ser feito!

É necessário "produzir" pessoas  (uso este termo - produzir - porque para os governantes todos nós somos números) capazes de responder de uma forma positiva ora a questões laborais ora a situações do quotidiano. Para tal, a formação é fulcral.

Nos dias que correm, para um jovem ser alguém na vida tem de conseguir cursar numa faculdade. Para quê pergunto eu? 
Para aprender a anatomia sensorial fundamentada pelo senso comum?
Ou até mesmo o valor preciso da pressão a nível da garganta enquanto 1 litro de cerveja é ingerido?

No meu ponto de vista, a universidade peca por duas coisas: professores e alunos.
Fora isto, tudo é perfeito.

As universidades tendem a ser consideradas o "recreio da sociedade", pois é lá que os jovens se aprendem a divertir com jogos como: o lançamento da beata do cigarro, mini-trampolim sueco (efectuado com auxílio de caloiros) ou então números de ilusionismo perfeitos como o desaparecimento em flash de dinheiro após uma noite de farra.

Dizia-se por aí que só as pessoas com um nível de inteligência acima da média é que entram nas faculdades, mas esta teoria entrou em colapso após Relvas, Sócrates e companhia limitada aparecer. Mas, eu nunca fui desta opinião e passo a justificar o porquê.

Pessoas que se dizem mais espertas do que aqueles que abdicam dos estudos para trabalhar sobre a alçada de um mestre-de-obras e que ao chegar à universidade a primeira coisa que fazem é inverter a evolução natural do Homem ao começarem a deslocar-se de 4 no chão querem ser considerados inteligentes? Sinceramente, acho que os Astrolopithecus e outros antepassados humanos devem dar voltas no terreno baldio onde estão sepultados.

Contagens pormenorizadas de vastas áreas da faculdade com um afiador de madeira para os dentes (vulgo palito)?! Será que já apresentaram a esses seres "inteligentes" a régua?!

O que é certo é que após um ano nesse hotel de estrela e meia que é a Universidade, estes seres inteligentes passam para um nível ainda mais superior, onde já integrados num gang e vestidos de forma a fazer inveja a qualquer membro de um grupo de canto gregoriano, cantam letras de vasto carisma cultural como o caso da "mulher gorda" e "capas negras", entre outras que nada lhes ficam atrás.

Sinceramente, é altura de findar o método actual de ensino em Portugal.
É necessário regressar à educação rígida onde pobres réguas a metro eram desgastadas em mãos suadas de nobres aprendizes.
Ou então, fica tudo na mesma, porque a Universidade proporciona os melhores anos da vida a um jovem: 

- Taxas de reprovação altíssimas
- Necessidade de trabalhar porque os pais não estão para te sustentar enquanto dizes que estás a tirar o curso de engenharia e basicamente fazes turismo com os livros
- Bebedeiras atrás de bebedeiras
- Praxe, praxe e mais praxe
- Saraus e praxe
- Festas e bebedeiras
- Reuniões de grupo para trabalhos de final de semestre que acabam em bebedeira.
- Um curso superior feito, muitas das vezes, às três pancadas e sem saber muito bem como
- Passar um bom tempo antes de estar um bom tempo desempregado

E pronto, é isto!
Não queria terminar sem endereçar os parabéns a todos aqueles que acabaram de ser aprovados e irão para a Universidade no próximo ano. Boa sorte e tentem não ser aquele do grupo que já teve em coma alcoólico... pode parecer fixe na altura, mas não é... É sempre estúpido!!








Enviar um comentário