João Quadros é um dos mais talentosos guionistas portugueses e autor de diversos projectos de sucesso como Tubo de Ensaio, Herman Enciclopédia, Último a Sair, Arte de Roubar e mais recentemente Sal e Som de Cristal.
Por todas estas razões e mais algumas, o ReporTito desta semana tem como convidado este vulto do humor/guionismo português que como é habitual em poucas palavras disse muito.
Tito Pinto (TP): O teu nome assina diversos projectos de sucesso nacional tal como o Herman
Enciclopédia, o Tubo de ensaio, o Último a Sair e mais recentemente o Som de
Cristal. O que te quero perguntar é se tu tens o “toque de Midas”? Ou seja,
tudo em que tocas vira sucesso?
João Quadros (JQ): Não
me parece! Em qualquer dos casos trabalhei com excelentes humoristas e
argumentistas. Se calhar mais que toque de Midas, dou-me com gente
talentosa.
TP: És um dos guionistas mais conhecidos do país. Onde e como começou este
trajecto? Era um sonho de infância ou querias ser médico ou advogado como grande
parte das pessoas?
JQ: Queria
ser escritor. Ainda não sou o que queria ser, mas falta pouco!
TP: Estiveste durante vários anos nas Produções Fictícias. Podes comentar o que
se passou ou é algum assunto tabu e possível gerador de uma 3ª guerra mundial?
JQ: Não
vale a pena, é passado! Tem coisas boas e más como “todos os passados”, mas posso dizer que os primeiros anos das PFs foram do caraças!
TP: O Tubo de ensaio acabou e os ouvintes foram apanhados de surpresa com tal
decisão. Tudo tem de ter um início e um fim, é isso? Não podemos sonhar com
algo no mesmo formato num futuro próximo?
JQ: Talvez...
TP: Nas redes sociais e mesmo nos teus textos de opinião tens um tom crítico a
nível político, económico e social. Aliás, no teu twitter, por vezes, geram-se
“discussões de classe” com aqueles que não partilham do teu pondo vista. Achas
que as pessoas andam mal informadas ou foram formatadas pelo sistema?
JQ: Acho
que há muito facho!!
TP: Existe uma relação de proximidade com os teus “fãs” principalmente no twitter
e sei que também auxilias, dentro do possível, aqueles que têm por sonho ser
guionistas – pelo menos foste o meu “Júlio Isidro”. Consideras importante o
surgir de novas escritas e com isso novos guionistas/humoristas?
JQ: A
pergunta é fixe mas eu estou com sono... Acho que sim!!
TP: Se te pedisse para definires o humor em Portugal como o farias?
JQ: Recusava...
TP: E a televisão em Portugal?
JQ: Quem?
TP: O que acrescentarias ao audiovisual português?
JQ: Tudo!!
TP: Em termos de novos projectos existe algo que possas partilhar?
JQ: Se pudesse partilhava porque detesto guardar
segredos, mas não posso...
TP: Para terminar: Qual o lema da tua vida?
JQ: Hum...Seios
grandes?!
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