Vote Sócrates

Olé! Propaganda aqui no blog? Pumba!
Ainda é permitido, certo? Só no próximo Sábado é que não se pode ouvir falar de nada disto, certo?
Pronto, então é assim... muito resumidamente: votem Sócrates!

Ui... tanta gente que me está a insultar... porquê fazem isso? Calma, a minha mãe não é nada disso. Não, não vou para esse sítio porque cheira mal.
Pensem, simplesmente nas soluções que temos.
Chegaram a alguma conclusão? Pois. Também acho que a Manuela era solução sim, mas para me preparar o almoço, lanche e jantar com os cuidados fantásticos de uma avozinha. Acho que está na altura desta senhora calçar as pantufas e se sentar junto à lareira, pois deve estar a chegar aí o Inverno e os ossos começarão a doer. Ui, os ossos.

Bem, acerca deste assunto, Paulo Querido (jornalista) publicou o seguinte texto "Em quem deve votar, leitor" e que acho que resume assim muito bem o que penso. Deixo aqui um excertozinho para vocês perderem mais um minuto a ler ok? Vá lá, leiam. Podem ir buscar o vosso iogurte líquido e beber enquanto leêm. Não sejam mesquinhos. Ler, faz bem. Nem que seja merda. Não é o caso, mas pronto.


"Há 12% de hipóteses, pelo menos, de o leitor, em juntando a essa as duas qualidades de português e eleitor, não saber ainda em quem deve votar no domingo.
Pois eu digo-lhe.
1. Vote no PS de José Sócrates. É a minha escolha. Tenho a convicção que o homem aguentou o mais difícil barco em que vi governantes portugueses metidos. Enfrentou duas tempestades avassaladoras e globais e o barco, ainda que adornado e a precisar de pinturas e até umas ripas novas no casco, está a navegar. Acho de elementar justiça dar-lhe agora a oportunidade da sequência, ou da desforra contra as contrariedades da crise imprevista.
Uma das tempestades aliás não terminou. A crise do emprego — digam os marialvas à direita e à esquerda o que muito bem lhes apetecer — não terminou. Não tinha nada a ver, sequer, com a crise financeira (que é a minha forma educada de apelidar o roubo desorganizado à escala mundial a que assistimos nos últimos 20 ou 30 anos). O emprego vai continuar a faltar e nenhum político, de verdade ou de brincadeira, pode em consciência prometer acabar com ele ou, sequer, diminuí-lo nos próximos meses largos. É mentira.
E vai continuar a faltar porque o problema do emprego é a mudança de paradigma económico operada numa escala global. A alta mecanização do trabalho empurrou os filhos dos operários para os serviços, agora a alta tecnologia informática e de comunicações entrega nas mãos dos próprios consumidores o grosso do trabalho que ainda existia em grandes empregadores do terciário.
A pouca mão de obra necessária para os acabamentos das indústrias perenes é — graças à globalização de comunicações, cultural e de procedimentos — deslocalizada para os países onde o trabalho é mais barato.

2. Evite votar no PSD. Não sei com rigor onde está o futuro e tenho esperança que José Sócrates saiba sobre isso muito mais que eu — mas tenho a certeza que a “outra senhora” (o melhor soundbyte da campanha, honra a João Soares) sabe ainda menos. Pior: mostra-se convencida que o mundo é o mesmo mundo do cavaquismo, do betão e de Dias Loureiro, antes da crise financeira, da globalização e do 9/11 e a mensagem da sua fatia do PSD é uma mensagem sombria, desinspirada, rugosa.
Ah, mas Sócrates deu umas pistas sobre as direcções. Certas, entenda-se. A busca das energias que substituirão um petróleo cada vez mais caro e disputado. O choque tecnológico primário no ensino básico, tão importante que resistiu às pressões de gozo permanente em que a direita retrógada — acolitada pelos meninos do liberal coro que, na rarefacção académica que subsiste, passam por intelectuais de élite — tentou encapsular o que cedo lhe cheirou a sucesso popular. As vias de comunicação inteligentes, lógicas, racionais e estruturantes: falo dos comboios, e dos de alta velocidade em particular.
O homem não tem de fazer tudo. O país — o que o país tem de melhor, que é você –também tem de trabalhar. José Sócrates trabalhou que nem um mouro. Convinha pegarmos por aí, em vez de promover ao poder as redes que desesperam por voltar aos salões. Pegarmos na ponta do essencial trabalho e continuá-lo, com as correcções necessárias."

4 comentários

Obrigado! E ainda não me viu nu.

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Não é difícil espetar meia dúzia de patranhas para fazer o Sócrates parecer o Noé desta arquinha miserável. Falta é tudo o resto que já te disse algumas dezenas de vezes e que me vou escusar a repetir aqui. Só cá vim meter o meu nojo.

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Estimado UdL,
Por te considerar um grande amigo, saber o teu ponto de vista relativamente a esta matéria e ainda por este blog ser meu eu gostava de te dizer uma coisa: vai pó caralho!

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