O Ansiolítico de Confetes



Creio que posso dizer que o
Carnaval é como um eficaz ansiolítico.

Poderemos entende-lo também como um dos melhores escapes ao teatro do day by day de certas e determinadas pessoas...como são por exemplo os sexualmente oprimidos, com esqueleto em prisão prepétua no armário, e que só entram temporariamente em liberdade condicional por alturas desta festividade, onde podem ser tudo o que quiserem, sem terem à perna os simpatizantes afegãos com jeito para lancetar as cabeças (coisas "românticas" que fazem aos gays lá do país deles).


E é no decurso dos corsos, bem como das brincadeiras carnavalescas de rua, que podemos averiguar isso mesmo.


Veja-se o meu primo Mário Jorge de Lajeosa do Mondego (Celorico da Beira), 22 anos, catequista (agora apenas com periodicidade ao fim de semana), universitário no Instituto Politécnico da Guarda no curso de Engenharia Topográfica, e que desde cedo emancipa um "piquinho a azedo" por aqueles queixos abaixo (vulgo de "predisposto à malandrice ao nível das mangueiras")....disfarçando a condição de "praticamente pouco heterosexual" aos olhos dos mais velhos, pelo facto de ser detentor do título de campeão no Torneio da Malha da Casa do Benfica de Celorico por 4 anos consecutivos (distinção bastante respeitada no distrito da Guarda).

O que nem todos sabiam, era que o jogo da malha era para o meu primo, como que um TGV mental com destino à sua homossexualidade ali na aldeia, no sentido em que aquele pino grosso de carvalho, roliço e delicadamente talhado no torno, o fazia lembrar a senesga, ou melhor...a saruga, quer dizer...o sargo, enfim...a tal extremidade marota com funções de micção e ao nível da espeleologia (estudo das "grutas"). É claro que ele adorava vê-los ali à mercê de umas malhadas com força, para depois serem agarrados pelas mãos fortes e calejadas dos jogadores, vezes e vezes sem conta.
Ele era o responsável por mandar fazer os pinos ao marceneiro, e antes que chegassem ao campo de jogo, lá ia ele "area-los" a todos (se é que me faço entender).


E é no Carnaval que o Mário se desmonta da vida recalcada e assume personagens diversas, com o sonho de vingar a noite com ensembles de miminho...desta feita sem ser na habitual temática da marcenaria (como é o caso dos pinos roliços).

Desde há 4 anos para cá, o meu primo encara personagens como: Freira Barbuda, Bocal de Ecoponto, Sarjeta Escancarada e o disfarse mais bem conseguido de todos...o de P4ulo Port4s.

Viva o Carnaval!!!


5 comentários

Eh pah, esta partiu-me os rinzes! MUITA BOM...

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Eh pah, esta partiu-me os rinzes! MUITA BOM

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Os vossos feedback's são p'ra cima d'importantíssimos :-D
Obrigado do fundo do nosso Bilhar (sempre em buraco à escolha).

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Aliás, eu atrevo-me a dizer que quem dá pelo menos uma volta diária ao "O Bilhar Grande" merece um terreno no céu... Mas quem ,além disso, ainda cá vem e comenta merece que lhe dêem o crédito necessário para construir uma super vivenda no terreno ofertado no céu!!
Melhor do que isto, só se partilhar o sítio com os amigos na Internet. Aí, deveriam atingir o nível "dono do céu" e cobrar rendas a todos os outros habitantes.

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Ora nem mais, Caríssimo Companheiro de Bilharada :-P

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