Morrer ou não morrer?




O tema é controverso e complicado talvez porque mesmo aqueles que não acreditam em nada desejam, lá no fundo, que isto da religião não fosse uma treta, pois o medo de não haver nada para além da morte é algo que persegue o comum dos mortais.

Vou tentar ser imparcial e comentar este tema sem qualquer tipo de medos, pois dos fracos não reza a historia e há que ter coragem de meter o dedo na ferida.

Qual é a dificuldade em aceitar que após a morte poderemos ser apenas e só, um espírito e que o conjunto de ossos é a única coisa que fica "presa" na terra? 
Provavelmente a dificuldade que existe é em reconhecer que somos apenas e só um saco de carne que quando morremos se decompõe, transformando-nos apenas numa memória para os que cá ficam. 

Mas... será que as coisas acabam de maneira fria com a morte? E as nossas relações? Dissipam-se como se nada fossem? E o sentimento que perdura por aqueles que já partiram? Qual então a lógica da vida? Alguém arranja uma justificação para tal? 

Julgo que o único pecado que podemos ter é o pensamento, essa capacidade contínua do ser humano que nos permite raciocinar e questionar. 

Mas, para quê temer a morte se o verdadeiro terror é estar vivo?


Num texto anterior falei em publicidade, mas esqueci-me de referir a religião como fonte de inspiração para qualquer publicitário. E a razão para tal é lógica, pois considero impressionante o que eles conseguem fazer a milhares de cabeças com um simples livro escrito há dois mil e poucos anos e completamente deturpado pelas mentes que envergaram batinas ao longo dos séculos. 

Sim, o ser humano continua a não ser capaz de raciocinar.

O mais incrível é que ao contrario de outros produtos eu nunca ouvi falar na devolução de Bíblias e acredito que haja muita gente que continua sem resposta às suas questões mais íntimas.

O engraçado é que quando adquirimos algo e o produto não preenche as expectativas criadas, devolvemos e reclamamos. Ora, no caso da religião não há qualquer tipo de reclamação, pois o individuo só pode testar o produto em que toda a vida investiu, no dia em que morrer.

Sim, porque religião é isso mesmo... uma escolha.
Mudar? Não, porque para isso era preciso pensar e pensar dá trabalho. Aliás, grande parte das pessoas não muda e assume nova religião por tabu e por ir contra os padrões definidos pela família ou sociedade.

Acredito que todos já devem ter lido revistas do tipo Pro Teste, ou seja, revistas que analisam produtos com semelhantes funções dando notas e qualificando-os mediante vários aspectos.
Imaginemos, portanto, que uma destas revistas fizesse um artigo dedicado à comparação de religiões... E sim, o resultado seria catastrófico e algo parecido com isto:


*apenas foquei as 3 religiões mais "praticadas" em Portugal.

Depois a avaliação final seria algo dentro deste género:

A religião Católica é a que conta com maior numero de praticantes, mas quanto ao número de mandamentos fica em desvantagem perante a da Testemunhas de Jeová que oferece ao seu consumidor pelo mesmo preço um mandamento a mais. As ofertas de cruzes de madeira não parecem ter qualquer tipo de utilização viável ao contrario das revistas ofertadas pelas testemunhas de Jeová que poderão servir para limpeza dos vidros de casa. Fora desta luta encontra-se a IURD, que não tem qualquer tipo de influência no mercado da vida, pois as pessoas escolhem sempre o mais barato e a IURD definitivamente não é a religião mais barata.

E tu? Se tivesses de escolher qual escolherias?



Enviar um comentário