Nasceu sem saber como, tal e qual todos nós.
Sem se lembrar do antes e nunca imaginando o depois.
Já tinha irmãos quando nasceu e tentou aproveitar-se da
posição de ser o mais novo para requerer a atenção dos pais. Nunca a conseguiu
só para si.
Os progenitores amavam a todos naquela família de igual
forma, nunca fazendo distinção entre os seus rebentos.
Foi por isso que desde cedo procurou pelo melhor para a sua
vida e, por isso mesmo, lançou-se na corrida das melhores opções a tomar.
Vangloria-se por poucos maus caminhos ter tomado.
Percorreu montes e vales, galopou precipícios, despenhou-se
em desfiladeiros, rodeou e rompeu montanhas. Com o tempo, apoderou-se das
coisas mais belas e ficou poderoso e rico.
Muitas luzes e travessias foram realizadas em si e por si!
Tornou-se belo e desejado conforme era o seu desejo desde
cedo. Toda a gente queria a sua companhia. Era relaxante estar à sua beira.
Um gigante e senhor de terras vastas nas terras de Portugal
e diante do mar sem fim.
Foi assim que o Douro se tornou uma das paisagens mais belas
deste cantinho à beira mar plantado.
Foi assim que a Natureza ensinou a lição ao Homem de que é
ela quem tem o verdadeiro poder no planeta.
É assim que aprendemos a venerar o rio que banha a mui nobre e Invicta cidade do Porto.
É assim que damos valor a algo. É assim que eu vivo!
Pequenas coisas que são o todo deste mundo que teimamos em destruir. Um mundo,
que continua a dizer através destas obras, que vai continuar a lutar contra o
Homem até ao último segundo. Um mundo que vai acabar por modificar consciências
pela insistência que tem em não ser dizimado. Um mundo que todos devemos amar.
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